segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Projeto de Superdotação: definição, fases, manifestações fervorosas (psicopatia) e estudo de caso


Estes, normalmente, são alto-habilidosos, ou tendenciosos a ter altas habilidades, mas algum fator exterior (ou não) determina que o seu conhecimento volte extremamente a si próprio, o que em geral gera um desumanização, desrespeito a vida, falta de valor ao ser humano e visão contorcida de diversas situações. Seus projetos serão, normalmente, muito bem planejados e articulados de forma a melhor atender os seus interesses.

Normalmente, as pessoas em muito se satisfazem com relatos de vilões históricos que tinham altas habilidades, ou que ao menos, eram chamados de "muito inteligentes". Pois bem, no último artigo publicado neste mesmo blog, citei algo que prefiro nomear de projeto de superdotação. Este projeto estará intimamente ligado com a fase introdutória deste escrito e é o nosso objeto de estudos neste post.
O projeto de superdotação começa, normalmente a se formar, a partir do momento em que a criança ou o indivíduo em questão toma conhecimentos das altas habilidades que possui. Isto sempre ocorre a partir de um parecer social e está, na grande maioria das vezes, relacionado a elogios consecutivos a criança, o que a deixa em uma situação previlegiada entre os demais.

PRIMEIRA FASE

Em fase de infância, a menos que movida por outros estímulos, a criança tende a ter um projeto de superdotação relacionado a se mostrar, ou seja, a deixar que os outros vejam o que pode fazer, nada mais. Ela quer, quase sempre, ser reconhecida. Mesmo as mais tímidas desejam isso. Este é um querer natural porque normalmente, as crianças tendem a imitar comportamentos ou serem centros de atenção e buscam isso. Quase sempre, o pequeno sempre procurará se destacar, ser melhor do que o outro, de alguma maneira, mas ele quer isso. É quase que um instinto natural e parece, em muitas vezes, estar no inconsciente humano. Se a criança receber fortes estímulos familiares que a estimule a ser melhor ou fazer algo melhor, ela antecipará a segunda fase do projeto de superdotação. 

******************************************************************************
Um exemplo muito característico dos estimulos familiares nos projetos de superdotação está, por exemplo, numa família fanática por futebol que incentiva a criança a torcer e a saber tudo sobre o esporte. A partir do momento em que a criança ver que aquele conhecimento a coloca, de algum modo sobre os outros, terá tendências naturais a expô-lo ou resguardá-lo para um momento favorável.

 ******************************************************************************
 SEGUNDA FASE

Conforme a criança cresce, o conhecimento incial que possui que, anteriormente, era movido apenas pela vontade de se mostrar e receber elogios começa a tomar contorno pelos pareceres externos (família, escola, religião, etc). Agora, o indivíduo é capaz de decidir o que fará com as altas habilidades, como irá usá-la e para que fim ele aprenderá ainda mais sobre aquilo, porque tem o parecer social de que é diferenciado e isso o gera um sentimento de glorificação capaz de dá-lo esta oportunidade de escolha.
Uma criança com altas habilidades que nasce numa família socialmente equilibrada, religiosa e ativista em projetos sociais, terá tendência em usar o que sabe em favor da comunidade e não se exibir pelos conhecimentos que tem. Ao contrário, uma que nasce numa família egoísta, tenderá a querer se mostrar, e logo a faltará a humildade.

Normalmente, os projetos de superdotação não são muito observados porque não chamam muita atenção. Na maioria das vezes, a criança simplesmente terá como projeto o gosto pelo que faz e nada além. Sem exibições, se considerará normal, comum  e, em muitos casos, não terá outro projeto a não ser a própria diversão, mesmo que em segunda fase de projeto.
Isso não acontecerá quando o indivíduo receber um estímulo forte, sendo ele com tendência ou não a transtornos psiquiátricos, que o fará ter como projeto de superdotação outras coisas. É o caso dos psicopatas.
Falei sobre Hitler no começo e volto a falar dele. O nazista em questão designou toda sua habilidade política para fazer algo que considerava correto (conhecimento muito voltado para si). Isso é fruto de ideias socialmente questionáveis, porém, o que estamos estudando são os projetos de superdotação que, neste caso, foi além do que simplesmente satisfazê-lo, tendo em vista que sua satisfação consistia em uma sociedade totalmente ariana. Tornar a sociedade "pura". Eis o projeto de superdotação de Hitler.
Certa vez, ouvi relatos de um menino que, considerado pela família muito inteligente e esperto para Informática, cometeu um ato de arrepiar para qualquer ser humano. O garoto, em sua casa, num quarto, brincando em seu computador, chamou a secretária familiar para que o auxiliasse em algo. Assim que adentrou a sala, o menino, que a esperava na porta, tratou de trancá-la, deixando assim a pobre secretária presa num cubículo.
O pequeno foi então até a cozinha, tomou uma faca, destinou seus passos ao terreiro, onde se deparou com uma cachorra portanto cerca de sete filhotinhos recém nascidos. Eram os animais domésticos da família. Sem muito pensar, o garoto se aproximou dos seres e neles disparou diversas facadas, matando instantaneamente todos os oito cães da família. 
Sem entender o que fazia, voltou a cozinha, apoiou a faca marcada por sangue no fogão e foi brincar como se nada tivesse acontecido. A empregada ficou trancada na sala até o fim da tarde e, assustada, não tardou em pedir demissão do emprego.
Vemos que aí a criança tinha total entendimento que nada estava fazendo de errado e que simplesmente fez algo que o satisfazesse (os psicopatas tendem a minimizar os seus feitos que causem repercussão, de forma que melhor lhes atenda). Notamos também que, além de só pensar em si a todo momento, a criança planejou tudo muito bem, de forma que ninguém pudesse impedí-lo de cumprir o seu desígno. 

Quero deixar os seguintes links para análise dos interessados. Os conteúdos são referentes a Psicopatia e outros transtornos de conduta na Infância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário