segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Fase inicial do desenvolvimento da superdotação de formação

A manifestação da superdotação está longe de ser algo meramente marcado, porém, quando se fala dos superdotados de formação, observa-se algumas características emocionais que, normalmente, antecedem a formação do indivíduo superdotado. Vale lembrar que estas características não são fatores formadores da superdotação, visto que disso já tratei em outro post. 
Normalmente, a superdotação de formação começa a aparecer a partir dos 11, 12 anos, no qual a criança já é mais capacitada a manifestar uma personalidade própria e, além disso, começa a descobrir o mundo e formar seus interesses. Aí está uma das principais características, marcada pela curiosidade (sentimento primário). Isso normalmente ocorre perante a certa excitação (o estímulo motivador), que se dá ou por um filme, seriado ou algo que inspire a criança a estudar o assunto. Esta é uma das fases mais promissoras da superdotação, porém, são raros os casos de "interesses" que realmente resultem em altas habilidades. Nesta etapa, a criança ou adolescente costuma ficar inquieto, interessado e se envolver muito com o assunto interessado. A internet é uma grande parceira para que o processo se transcorra normalmente.
Voltando aos estímulos motivadores, notamos que o instinto de busca da curiosidade em praticamente todos os casos desperta algo no indivíduo e realmente este sentimento secundário que será o projeto de superdotação. O projeto de superdotação é, simples e basicamente, o fim esperado pelo indivíduo perante os conhecimentos adquiridos. Por exemplo, um superdotado artístico normalmente terá como projeto de superdotação se tornar um grande artista, e, em geral, os projetos de superdotação sempre estão relacionados com o futuro. O sentimento secundário (lembrando que o primeiro é a curiosidade) gerado pela observação de um estímulo motivante resulta no projeto de superdotação pelo fato de ele ser normalmente a verdadeira e real motivação do superdotado. Ok, tudo bem que a curiosidade é um fator importantíssimo, mas o sentimento motivante verdadeiro é realmente o que gera o projeto de superdotação. Todos os superdotados aprendem ou desenvolvem algo esperando outra coisa em troca daquilo, mesmo que inconscientemente.
Após alguns dias, a fase de curiosidade ou ficará apenas nisso ou se transformará numa possível segunda etapa da superdotação. Os interesses se transformam em pesquisa e aí sim, o indivíduo terá uma necessidade de pesquisa moderadamente capaz de satisfazer o seu intelecto.
Apesar de tudo, apenas a partir de a criança ter conseguido altas e não contextualizadas habilidades em algo, ela poderá ser considerada superdotada.

Romes

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Categorias de formação do superdotado

Normalmente, a superdotação é sempre cercada de muito misticismo por alguns leigos. Em via disso, decidi escrever mais sobre a formação do superdotado, onde falarei neste artigo sobre as duas classes que, por enquanto, considero relevantes quando se fala de superdotação.
Inicialmente, existem os superdotados naturais. Estes são muito raros, pouco os vemos, mas seu número parece ter aumentado nos dias atuais. São aqueles que parecem nascer com o conhecimento referente a superdotação. São aquelas crianças que, aos dois anos, conseguem fazer coisas mirabolantes, deixando todos encantados e alguns até perplexos. Para exemplificar, analisemos o caso da menina Aelita Andre, cuja foto estampa o logo deste blog.
Aelita, hoje, com 5 anos.
Aelita é australiana e atualmente considerada a maior revelação das artes visuais dos últimos tempos. Certo dia, quando menos de um ano carregava, o seu pai, ao se dispor a pintar amistosamente, viu que a criança demonstrava grande interesse pela pintura e, inclusive, tomou certa quantidade de tinta e ainda com pouquíssima idade, realizou sua primeira obra de arte. O que é estranho é que o que foi pintado corresponde ao estilo do impressionismo britânico, escola que desapareceu após a morte de seu último artista, em 1956, num acidente de carro. Para aqueles que achavam que a pintura não passava de uma "arte" (no sentido de bagunça), a menina, poucos meses depois, viria a pintar outros quadros, sendo estes, altamente elogiados pela crítica local. O valor de seus quadros ultrapassou os 10 mil dólares.
Notamos claramente e de maneira inical, que se trata perfeitamente de um talento que parece estar irraizado na criança. Explicações para isso? A ciência moderna propõe teorias, mas nada ainda que esteja realmente concreto sobre o caso, que, a exemplo de muitos outros de superdotação natural, levantam inúmeras hipóteses de diferentes naturezas.
De modo incial, dizemos que o superdotado natural é aquele que manifesta sua arte ainda muito precocemente, com idade média igual ou inferior aos 3 anos. Mas aviso primariamente que devemos analisar cada caso para não levantar falsas suposições a cerca de qualquer classificação de superdotação.
O que é bom dizer também é que os superdotados naturais estão muito relacionados com o fenômeno que chamamos de genialidade. Isso porque o fenômeno se apresenta de forma tão estranha que levanta hipóteses sobre o quão alta é a habilidade daquela criança.
Outro grupo interessante para analisarmos é o dos superdotados de formação, ou formados. Estes são os que, a partir de tal idade, mostra altas habilidades muitas vezes como consequência da predileção e estudo de algo.
Se a superdotação se manifestar em contexto escolar, muitas vezes, temos um superdotado de formação, porque é evidente que normalmente a criança já está numa idade mais avançada. Aquela criança que é excelente em matemática, por exemplo, é um superdotado intelectual formado, tendo em vista que a habilidade se manifestou a partir de um conhecimento prévio sobre algo ou a partir de estímulos exteriores, o que não acontece muito no grupo de superdotados naturais. 
Para critérios de observação, como já vimos, o apresso por algo não é característica só do superdotado natural, pois a simpatia é comum na grande maioria dos indivíduos que detém a sobredotação.
Desta forma, se as altas habilidades parecem nascer juntas ao indivíduo, manifestando muito precocemente, constata-se um superdotado natural, e se, ao contrário, demoram alguns anos e, podendo demandar certos estímulos para o desenvolvimento, temos um superdotado de formação ou formado.  

*Obs.: Para aqueles que se interessarem em saber mais sobre Aelita, a família da menina mantém um site na internet, www.aelitaandreart.com (em inglês), e o portal de vídeos youtube traz diversas peças da menina.

Romes Sousa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Fatores de formação da superdotação

Existem fatores essenciais que contribuem para a formação dos superdotados, assim como para qualquer outro grupo social que se pretenda referir. Analisemos abaixo os fatores mais importantes.

- Fator genético: Sabendo que a superdotação está longe de ser um fenômeno puramente psíquico, notemos que a ciência atual já provou que a personalidade também não é composta tão somente por fatores psicológicos, mas também, pela herança genética. O que ocorre não é tão precisamente que o superdotado deverá "puxar" a superdotação dos pais, mas, terá maior disposição de base neurobiológica em desenvolver altas capacidades. Isso se verifica também quando dizemos que tal criança tem mais predisposição genética para aprender matemática do que português. O que ocorre é que no superdotado, os fatores genéticos estarão normalmente muito mais aguçados no que se refere a propagação dos estímulos nervosos, tese consideravelmente aceita para explicar a superdotação. Logo, volto a confirmar, a genética pode determinar predisposição, mas não dará certeza de superdotação. Muito relacionado aos superdotados naturais (grupo raro).

- Fator social: Como já disse diversas vezes em posts anteriores, os fatores sociais são decisivos para a criação de um alicerce propício para a formação do superdotado. Nas crianças com altas habilidades, o que se nota com frequência é a presença de certos sintomas de psicopatologias relacionadas a depressão, stress e ansiedade. Assim sendo, a sociedade serve como fator impulsionador, na maioria das vezes, para a formação das altas habilidades. Neste grupo de fatores, enquadro também os papéis de pai e escola na formação da criança superdotada.

- Fatores individuais: Cada ser é próprio, logo, responde a estímulos de forma diferente. O que vai então servir para a formação de um superdotado é, quase que primordialmente, os fatores individuais. De nada adianta ter fatores genéticos e sociais favoráveis se não se tem vontade em aprender e crescer mais. Quando falo dos fatores individuais, estou falando da vontade e do esforço pessoal da criança ou do jovem em aprender mais e romper os limites da ignorância muitas vezes impostos pela sociedade. 

É importante que se averigúe também que os três fatores são alicerces dispensáveis para uma formação qualitária do superdotado. Não excluamos também as possibilidades da criança não contar com nenhum destes fatores e desenvolver altas habilidades. A ciência em geral e, sobretudo, a Psicologia da Superdotação está recheada de exceções que sempre nos convencem de que por mais que estudemos, o ápice do conhecimento ainda está distante de nossa vista.

Romes Sousa

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Diferença entre talento, superdotação e "genialidade"

Acompanhava um interessante vídeo sobre superdotação na internet, que ainda não havia assistido quando me deparei com a frase: "Talentos, todo mundo tem, superdotação, não, só alguns." Como podemos entender esta frase, que, por sinal, está correta?
O talento é uma habilidade para alguma área. Todos tem algum talento. Entrando no campo da Psicologia Infantil, notamos: existem crianças que gostam mais de desenhar e desenham melhor que escrevem. O desenho é um talento para elas. Normalmente, o talento é muito relacionado ao gostar, de modo parecido com a superdotação. A própria didática social de colocar como bom aquele que é melhor que os outros gera, inconscientemente, o gosto da criança pela área em que é boa.
Se formos olhar em algum dicionário, encontraremos a seguinte definição para talento: "capacidade, distinta aptidão, habilidade natural...". Por ser um potencial que se manifesta muito menos fervorosamente que a superdotação, o talento tende a não assustar tanto, porque parece normal naquele contexto. Exemplo: uma criança que gosta de jogar futebol e joga bem.
Agora quando falamos em superdotação, devemos ter exclarecida a definição: caracterização de uma habilidade maior e incontextualizada de uma criança (no contexto da Psicologia Infantil) para alguma área. Ok. Destaquemos alguns pontos. O primeiro é: "caracterização de uma habilidade maior", ou seja, o potencial da superdotação é muito maior do que o do simples talento, que é apenas uma habilidade. O segundo é: "incontextualizada", ou seja, fora do contexto real daquela criança, estranho, anormal, um exemplo é de uma criança que, aos quatro anos, parece dominar grandes instrumentos musicais e tocá-los com perfeição. Isto é anormal para o contexto de convívio daquela criança, em comparação com o restante da sociedade. Terceiro "...para alguma área". Observe que tanto talento quanto superdotação, quanto até mesmo os casos que prefiro chamar de "genialidade", o superdotado, o talentoso ou seja lá qual nome você queira designar não é obrigatoriamente bom em tudo. Claro, ele terá uma área que o fará destaque, mas nem por isso tem que ser bom em todas as áreas, o que é, aliás, raríssimo. A noção acima apresentada, de que o superdotado devia saber tudo, era compartilhada em tempos antigos.
Quando eu uso a expressão, que muitos pesquisadores não gostam, genialidade, eu quero designar um conjunto "acima" dos superdotados comuns, ou seja, pessoas com habilidades muito grandes que se diferenciam dos demais superdotados. Exemplo: a criança, com 3 anos, ter conhecimentos avançados de Medicina. Esta é superdotada? Claro, porém, uso a expressão genialidade para abranger esta classe mais rara e incomum do fenômeno das altas habilidades. Ao falar de genialidade, me refiro, a fim de diferenciá-la da superdotação, ao seguinte fato: na genialidade, o indivíduo tem acesso a informações que não só estão incontextualizadas a sua realidade, mas que estão muito além do que a estrutura mental e física da criança poderia absorver. É como no caso apresentado. Uma criança de três anos não tem jamais o cérebro e a mentalidade preparada para aprender Medicina avançada. 
Reflito também que não quero causar "confusões" com os companheiros da Psicologia por falar de genialidade. Digo que o termo é simples e meramente uma questão de nomenclatura, nada mais. 
Voltando ao tema do artigo, em síntese, o talento é uma habilidade simples de alguém para alguma área, normalmente ligada a aptidão natural, sem causar estranheza nem qualquer outro empecílio. A superdotação é a caracterização de uma habilidade maior e incontextualizada do indivíduo para alguma área, sendo neurologicamente associada a alta velocidade de propagação dos impulsos nervosos (teoria mais aceita atualmente). A genialidade é um termo de uso próprio, que simplesmente designa um grau maior de superdotação, no qual o indivíduo normal não tem de forma alguma características físicas  e psicológicas de assimiliar aquele conhecimento.

Deixo a seguir vídeos interessantes sobre superdotação para caso alguém queira assistir:

 
Série Superdotados - TV Tribuna (01)

 
 Série Superdotados - TV Tribuna (02)

 
Série Superdotados - TV Tribuna (03)

Romes Sousa

Podemos formar superdotados?

Uma pergunta que não cala quando se fala em superdotação é: é possível formar superdotados? Inicialmente, porém, preciso voltar a posts anteriores onde defino o fenômeno de superdotação como sendo a caracterização de uma habilidade maior e incontextualizada de uma criança (no contexto do presente artigo) para alguma área.
Não vejo com excelentes olhos a ideia de que o pai possa criar por conta própria, um superdotado, pois, como Nietzhce disse, cada criança é de um jeito, logo, responderá a estimulos de formas diferentes e é por isso que a forma de se educar não deve ser igual para todos, mas sim equivaler a forma de aprendizado de cada criança.
Porém, embora o pai não possa garantir que a criança será diferenciada, poderá encaminhá-la. É aí que entra a educação. Em verdade, a existência do fenômeno de superdotação se dá, entre outros motivos, pelo fato de a sociedade atual ter um desparâmetro no que diz respeito a educação, ou seja, uma criança é devidamente educada e a outra é má educada, então a primeira terá maiores chances de ser futuramente considerada superdotada. Voltando a questão do encaminhamento do processo de superdotação. O que podemos fazer?
Uma dica importante está no incentivo: incentive seu filho a se interessar por algo. Ele precisará gostar de alguma coisa nem que esta seja futebol ou funk (com respeito as categorias). Desde a infância, ampare seus filhos a gostar de alguma coisa, seja ela qual for. Incentive suas pesquisas, leituras, compre livros, dê apoio. Aliás, é difícil ver com bons olhos uma sociedade na qual um adulto acha coerente pagar R$ 100,00 em um salão de beleza e não tem coragem de comprar um livro de R$ 50,00 para o filho ler.
Outro artefato que podes usar é não dar maus exemplos ao seu tutelado. O mundo já está cheio de dejetos inteligentes, não seja mais um. Ensine seu filho a se interessar pelo mundo e a dominar seus próprios sentimentos.
Tente não dizer a típica frase: "Você é muito pequeno para isso!". Entenda: se seu filho se interessa por algo, ele não é tão incapaz assim de pensar. Dê instruções e alimente a curiosidade do seu guardado, acompanhando um sistema acessível a idade e a condição da criança. Invista no conhecimento. 
Uma situação que preciso deixar clara é: muitos pais não tem condições de comprar dois, três livros por mês para seus filhos. Isso não é problema. Eduque a criança desde cedo a forma correta de utilizar o computador. A internet tem inúmeros ebooks e textos bons e gratuitos a disposição de todos, basta procurar.
Algo que já disse neste e em outros artigos e não canso de repetir para os pais e educadores é: quando se fala de superdotação, existe outra palavra que precisa andar ao lado: apoio, incentivo, força. Os pais, principalmente, são as principais convivências da criança, assim sendo, quanto mais você apoiá-lo para bons caminhos maior será a dificuldade de ele se envolver com coisas incorretas.
Enfim: o incentivo do pai constituirá, para quem quer "formar um superdotado", a primeira coisa a fazer. Os exemplos (leitura de livros, assistir um educativo programa na TV, ler boas revistas) alicerçarão o incentivo. Quando seu filho começar a gostar de algo, apoie de todas as formas que puder mas esteja ciente: ele é versátil, pode mudar de opinião. Se você for um pai psicologicamente participativo na vida de seu filho desde o começo, terás grandes chances de acompanhar estas mudanças.
O interesse da criança para a pesquisa e leitura é a "certidão de nascimento" do superdotado, mas, não esqueçamos que tudo é um processo, por isso é importante o acompanhamento dos filiais. Não é regra que alguém que se interessava por música deverá se tornar excelente em música. Avaliemos as disposições. Mas o interesse é a porta de entrada para o estudo e, se tudo der certo, para a futura prática daquela atividade.
Fora dos "milagres" que a realidade tanto vem nos oferecendo, a boa educação é a única forma de encaminhar um superdotado. Porém, não pense que estando seu filho com oito, nove anos que agora o senhor (a) poderá corrigir todos os maus exemplos do passado, porque o que já se foi não se apagará. Porém, não desista, nunca é tarde para recomeçar, mas saiba que com a criança maior tudo será mais difícl. É importante que a ética e a intelectualidade venham de berço, não importando para isso classe social ou qualquer outro fator. Se cada pai educasse positivamente seus filhos, teríamos um futuro muito melhor, pena que são poucos os que fazem isso!

Romes Sousa

Convite


Romes Sousa

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Afinal, porque crianças "ótimas" tornam-se adolescentes tenebrosos?

Um fato não estranho para aqueles que lidam de perto com crianças e adolescentes está na seguinte queixa de muitos pais: "Meu filho era ótimo quando criança, mas depois que cresceu, as notas caíram, ele ficou rebelde, não quer mais ir na igreja, etc." Uma ressalva que devemos fazer quanto a tais falas: o atual jovem não era uma ótima criança, apenas não havia despontado todas as suas índoles. Isso é facilmente verificado se nos basearmos em conhecidos princípios da psicologia: ninguém é igual a ninguém, ou seja, você poderá educar o seu filho de uma forma, mas atente-se a forma com que ele absorve o conteúdo que para ele é passado. Todos têm uma forma de aprender e ver o mundo, o desenvolvimento de futuros males nem sempre é culpa dos pais ou da família, mas certamente será apenas uma força gerada pela personalidade do indivíduo.
Analisemos, no entanto, as situações circundantes observando o papel do meio nas transformações que discutimos. O que formará um mal jovem será não apenas um, mas uma grande diversidade de "desastres psicossociais", ou seja: muitos fatores contribuirão para que aquela antiga boa criança se torne um adolescente ruim, entre os quais:

- Influência de amigos: Muitas crianças chegam a fase de adolescente com uma certa carência de afetividade ou amizade verdadeira. Um dos fatores que motiva isso é claramente a mudança psicológica que começa a acontecer na cabeça do jovem. A partir do momento em que se vê crescido e "dono de si mesmo", tenderá a querer aproveitar tudo aquilo que a infância não o trazia, ou o dava, mas de outra maneira. O que ocorre é que em busca de uma identidade nova muitos jovens se envolvem com grupinhos de amizade que tem como objetivo único a farra e a diversão, combustíveis para a "felicidade juvenil", que se desperdiça em uma sociedade que não almeja futuro, apenas presente.

- Família: O contexto de convivência mais próximo do jovem, no caso atual, a família, tende a "deixar" relativamente os antigos cuidados que tinha com o filho, porque alguns, em especial os pais (sexo masculino) tendem a ver o filho como "homenzinho", abrindo as "asas" do filho para o tão falado "novo mundo" que a juventude traz. Falta sobretudo, quando o assunto é família, cobrança. A educação deve começar a infância. Uma criança devidamente educada na fase inicial da vida dificilmente se tornará um jovem infeliz.

- O anarquismo: É de praxe que a criança se sente a "toda poderosa" quando passa para a fase de adolescente, ao menos, este é o sentimento comum no início do período em questão. Daí vem um mundo de possibilidades que inclui, para alguns, a contrariedade com o sistema, a aversão a princípios e dogmas, o conhecimento e desbravamento do novo, etc. Logo a família e as amizades aí desempenharão fator providencial. Digo porém que com relação a primeira não a cabe impedir o filho de conhecer as novidades do mundo, o que devem ter em mente os pais é que o seu papel é o de educar, e isso implica em orientar e conversar. Já as amizades são veículos que impulsionam toda a "revolução" daquele novo jovem. Muitas vezes nós nos deparamos com verdadeiros sanguessugas. E o que são sanguessugas? Pessoas que não agem por conta própria, apenas vão atrás das ideias alheias, muitas vezes nem importando com suas lógicas ou efeitos. A rebeldia sanguessuga parece muito mais acessível a jovens que não se acostumaram a pensar e sim a copiar pensamentos. É um processo que sucede desde a infância. Está aí um dos motivos pelo qual quando uma moda inicia, ela tende a consumir o mundo jovem.

E o que fazer para lidar com tudo isso?

Inicialmente, os pais devem se colocar no lugar que os cabe, ou seja, serem realmente pais. É seu dever orientar, educar e modelar a educação do filho desde cedo. Não queira que depois de grande o mal filho se torne bom, porque isso raramente acontece. A escola deve contribuir, na educação infantil para a formação de um indivíduo que saiba lidar com o meio que o cerca, mas, sem a menor dúvida, a maior responsabilidade para tanto é a dos pais.

Sugestões aos pais:

01-  Comece, desde cedo, a levar o seu filho em lugares culturalmente atrativos, como teatros, cinemas e bibliotecas;
02- Incentive a prática religiosa. Ela dará a criança um certo grau de responsabilidade e comprometimento com o meio que o circunda.
03- Leia próximo e/ou com o seu filho. A leitura será uma grande ferramenta para ele futuramente. Será ela que evitará que o jovem se torne um sangessuga.
04- Incentive as pesquisas e leituras sobre assuntos de seu interesse. Mostre para a criança desde cedo que você apoia suas vontades (claro, sádias) e que gosta que ela pesquise e leia sobre o que a interessa.
05- Organize horários. Isso será bom para tornar o seu filho organizado. Faça isso mesmo depois de grande.
06- Se coloque e exerça o seu papel de pai (ou mãe). Você é o responsável pela educação de seu filho. Saiba disso.
07- Saiba o que o seu filho faz e procure orientá-lo, mesmo que de forma indireta sobre os erros que pode cometer.
08- Modere os investimentos para seu filho. Você não é obrigado a dar tudo o que sua criança pedir, apenas o que por ventura achar necessário.
09- Ousa o que os outros têm a dizer sobre sua criança. Você não é o dono da verdade. Avalie o que os professores e demais educadores dizem e tente corrigir os defeitos.
10- Converse! Mantenha um diálogo bom e tranquilo com o seu filho. Fale e ousa.

Romes Sousa

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Advento das novas crianças: características primárias

Recentemente me coloquei a comparar alguns fatos que muito temos em nosso dia-a-dia: muitos idosos insistem em dizer com toda certeza que as crianças atuais são mais sábias, espertas e dificilmente enganadas. Para justificar tal afirmativa, utilizam o dogma:
"Algum tempo atrás as crianças levavam dias para abrir os olhos." Só daí já dá para notar claramente a posição dos mais antigos relativos a esta nova geração. Parecem ser crianças que vieram com um potencial gigantesco para trabalhar com algumas áreas se ligando explendorosamente a áreas espiritualistas. 
Existe na atualidade uma doutrina chamada Nova Era que prevê justamente estas crianças. No contexto da Doutrina Espírita, é afimado que tais crianças vieram para alavancar o estágio evolutivo do Planeta Terra. Esta visão também é compartilhada por outras correntes filosófico-espiritualistas, como a Seicho-No-Ie e a Umbanda.
Independente de qualquer preceito teórico, o que fica claro é que as crianças atuais parecem vir com uma capacidade crítica muito grande perante a diversos assuntos. Crítica esta, que, é evidente, pode se dissipar em injúrias se não for bem conduzida. 
Além da crítica, são crianças mais "psicólogas" visto que parecem captar as minúcias de um determinado fato. São capazes de ler nas entrelinhas e logo propor uma interpretação lógica para algum fato, interpretação esta até muitas vezes surpreendente.
São crianças, que, devido a crítica severa que impõem sobre tudo e todos, podem ser tachadas de metidas ou chatas por colegas de escola. O fato se dá pela pesada exigência sobre algum assunto. Exemplo: a criança faz aulas de música, logo ela quer que os amigos tenham o mesmo potencial artístico que aprendeu em suas aulas. 
São crianças que facilmente podem entrar em depressão pois se deixam levar pela auto-crítica de forma massacrante. Elas requerem sempre o melhor de si e dos outros e isso pode, em muitas ocasiões, não vir.
De malefícios e benefícios, prefiro ficar com a consciência tranquila de que bem criadas e bem educadas nos caminhos corretos da vida, esta nova geração venha sem via de dúvidas suprir as necessidades a tanto tempo almejadas pela sociedade. Cabe entao aos mais próximos terem a ciência de como lidar com estas crianças que pairam sobre a Terra como nunca se viu.

Romes Sousa
Referências: Observações e intuições próprias e exteriores.   

sábado, 28 de julho de 2012

E como fica o psicólogo infantil num mundo tão globalizado?

O advendo do avanço tecnológico está aí. Nada está mais como era antes, tudo vem mudando. No passado, um computador demorava um bom tempo para conseguir processar dados, nesta época, quem tinha internet de 10 Giga era rico e se orgulhava disso. Algum tempo atrás existiam TV´s que tinham que literalmente esquentar para ligar.
Pois é, tudo isso se modificou. Hoje acessa-se uma rede social e no mesmo instante se baixa um filme e ouve uma música. Hoje temos computadores de mão capazes de fazer o mesmo do que os micros comuns fazem. Como evoluímos!
Natural é que as relações também evoluíssem, assim sendo, o papel de mãe e pai ficou modificado pela era da tecnologia. Os pais estão cada vez mais longe das crianças, que encontram um grande amigo capaz de armazenar outros grandes amigos. A internet com suas redes sociais. Normalmente uma criança de seis, sete anos vivencia a seguinte rotina: logo de manhã e acalentada com alguns rápidos beijos pela mãe, que logo sai para o trabalho. Se estudar a tarde, passará grande parte a manhã conectada a internet. Logo depois, almoça, sem nenhum familiar e um kombista passa para levá-la a escola. Quando chega, sem nada para fazer, volta a utilizar o computador. Então vai dormir, tendo visto os pais apenas no começo da manhã.
Sabemos que educação é convivío. É pelo convívio com a familia que se aprende métodos sociais e normas impostas pelo costume que nos cerca, então, como fica a educação e transmissão de valores sendo que a única relação entre pai e filho ocorre num único beijo (isso se houver)?
Aí sabe o que acontece? Passa-se um tempo e o diretor da escola da criança manda chamar os pais e indica um psicólogo reclamando de comportamentos agressivos e baixo rendimento escolar. Será realmente que este santo psicólogo pode passar todo o afeto necessário a criança, toda a educação, que era papel dos pais, todo o costume social em uma, duas horas de encontro?
Desculpe, mas acho isso difícil. Tomada esta reflexão inicial, voltemos ao tema proposto no título deste post. Sendo o psicólogo o ponto de apoio para uma família que não sabe mais o que fazer com a criança, como lidar com um mundo globalizado como este que estamos?
A criança precisa ser envolvida, deve ver seu universo perfurado pelo profissional de Psicologia. Logo, porém, o que envolve a criança atual são as influencias virtuais que recebe (claro, sem generalizar). Então, o psicólogo, como todo educador tem o papel de se infiltrar nestes meios, buscando meios de comunicação atual afim de melhorar o diálogo, descobrir o mundo por trás daquela criança. Digo se infiltrar pois a internet tem o papel de ser o local de lamentações e demonstração de personalidade. Sem meios de se expressar com a família, é no mundo virtual que a criança tentará saciar suas angústias mais íntimas e isso pode ser claramente percebido nos status que a criança expõe, nos comentários que faz, nas coisas que curte, etc.
A facilidade em fazer este trabalho está, além de outras coisas no fato de ser a criança sincera com todos, de não conseguir esconder verdades por um bom tempo. A comunicação virtual então é aquele psicólogo de todas as horas, programado apenas para ouvir angústias, alegrias, lamentações e conquistas.
Cabe ao profissional infantil desenvolver métodos de se interar com o mundo da criança e estando este voltado aos meios virtuais, cabe ao psicólogo ou quem quer que seja, fazer o real papel de um detetive. Desta maneira, ficará muito mais fácil descobrir o encantador mundo que existe dentro de cada criança, respeitando, claro a individualidade de cada uma. O mundo se atualiza, as crianças se atualizam, o educador também deve se atualizar! Tal é a lei.

Sim, realmente, assim deve ser, mas a base disso tudo está apenas em descobrir que:
Romes Sousa

terça-feira, 24 de julho de 2012

Testes de QI: é possível confiar?

Muitos psicólogos admitem os testes de QI com intenção de provar que tal criança é ou não superdotada. Porém, com olhar profundo perante tal causa notamos facilmente que testes para avaliar inteligência não pasam de meras publicidades anti-científicas.
Publicidades pelo fato de divulgar uma ou outra instituição, site ou seja lá o que for e anti-científica por exemplos que abaixo traremos.
Os testes de QI são, muitas vezes, formados por uma série de perguntas  que visam avaliar a capacidade de raciocínio lógico do indíviduo, subestimando a inteligência a meros conhecimentos lógicos, o que sabemos, pelo grande explendor filosófico que existe dentro da Psicologia, que a inteligência é muito mais do que um pensamento rápido ou um conhecimento matemático.
 Que tal relembrarmos a definição de superdotação?! Superdotação é a capacidade maior da criança para uma área do conhecimento. Lembremos: um superdotado não é um gênio que tem por obrigação tirar notas máximas em todas as disciplinas, um superdotado é uma criança comum que apenas entende mais de um assunto do que de outro.
Desta simples definição já notamos o quão baixa é a cientificidade dos testes de QI que circulam na internet. Tais testes podem sim provar que uma pessoa sabe mais de lógica, tem a capacidade de raciocínio maior, mas, raciocínio não é característica chave de todos os superdotados.
Voltando agora o nosso olhar para a superdotação artística: quantos artistas mirins espetaculares existem? Será que todos estes, se submetidos a banais testes de raciocínio terão grande proveito? Hipocrisia nossa seria responder sim a segunda pergunta.
Einstein, por exemplo, não era bom em algumas coisas, mas excelente em física, matemática e química. Alguém questiona suas altas capacidades? De mesmo modo não podemos rotular superdotados e crianças normais.
Não está em nós dizer "tal criança é superdotado". Quais argumentos apontar para isso? A superdotação é um fenômeno natural, comum nos dias de hoje, marca de uma geração inovadora, pensativa e que rejeita qualquer tipo de dogmas.
Impor um teste banal como é o QI é impor um dogma, impor um método diagnóstico para a superdotação. Isso é, sem dúvidas, uma ideia ultrapassada. Lembro novamente que não há métodos de se determinar um superdotado. A criança com altos potenciais apenas se apresenta superdotado, mostra suas habilidades, mostra o que sabe fazer, claro que tudo em suas devidas considerações.
Então, fiquem atentos: qualquer teste de QI ou o quer que seja que se encontre na internet não tem valor algum. Rejeite-o. A superdotação está dentro de cada criança com altas habilidades, cabe a nós identificar cada caso com observação em cima de observação.

Romes Sousa

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Psicopatogias, superdotação, diagnósticos prévios e problemas futuros: Qual a relação?

Muitos gostam de fazer relações entre genialidade e psicopatologias (popularmente falando, num sentido de loucura). Mas, haveria algum motivo que justificasse tal relação quando o assunto é Psicologia Infantil?
Inicialmente, analisaremos algumas visões sobre genialidade e loucura. Alguns defendem a ideia de que o aparente excesso de informações gera uma possível confusão mental, ocasionando em problemas psiquiátricos. Neste pensamento torna-se comum a frase "Conhecimento em excesso gera loucura". Analisando de uma forma mais científica notamos que não é bem isso que acontece. Outros já preferem dizer que um dos preços do vasto e profundo conhecimento sobre algo é um desgaste nas relações emocionais, um sobrecarrego psicológico podendo provocar distúrbios psíquicos, entre os problemas, a tão demida depressão.
Admitindo a tese acima, notamos que numa grande quantidade de casos de superdotação, o superdotado sofre com problemas emocionais, cognitivos, etc. O Autismo e a Hiperatividade são exemplos de problemas que infelizmente ainda hoje são confundidos para diagnóstico de superdotação. A real incompreensão de habilidades gera este tipo de problema. Aquele problema que tantos argumentam dos autistas de ficarem "no mundo da lua", não se centrarem em nada é algo ruim para o convívio com uma sociedade que prega um contato mais próximo. Porém, não esqueçamos que a condição de uma criança simular mundos mentais é a demonstração de uma criatividade pavorosa.
Outro grupo de dotados de altas habilidades é marcado pela não expressão dos dons. Enquanto os superdotados espetaculosos desejam mostrar a todo custo seus potenciais, existe um conjunto de indivíduos que prefere se retrair do convívio geral, quer que o outro perceba o grande pensador que existe por trás de uma criança retraída. Logo uma família desajustada pode afirmar que o filho é anti-social. Este rótulo previamente exposto é altamente prejudicial para o bom desenvolvimento mental do indivíduo posteriormente. O sobrecarrego de potenciais e a incompreensão dos mais próximos é motivo para o nascimento de síndromes psíquicas que querendo ou não poderão prejudicar o superdotado na fase adulta.
No grupo acima podemos observar que algumas crianças se abrem muito facilmente com qualquer um que lhe passe a mínima confiança possível. Outros já buscam além da confiança algo que o ouvinte carregue. Exemplo: um superdotado intelectual, fechado, que raramente conversa pode buscar no locutor características como: habilidades para algo, boa conversa, etc. Praticamente todos os superdotados tem uma característica muito marcante que é a capacidade extrema de observação e por isso acabam por carregar sentimentos muito enfraquecidos, chateamentos com facilidade, relações que se rompem sem a mínima dificuldade e outros fatos que desencadeias problemas de socialização tão comuns nas clínicas de psicologia infantil atualmente.
E é deste contraste grupal no meio dos superdotados que vem a aparente dificuldade em lidar com crianças que apresentam altas habilidades. É preciso ter a percepção que aquela criança que atrapalha a aula frequentemente, que não consegue se centrar em algo pode ser muitas vezes um talento intelectual ou artístico imenso. É preciso bem analisar cada caso e não cometer preconceitos ou avaliações prévias. Raramente um psicólogo chegará para uma mãe para dizer: seu filho é superdotado. E é por isso que antes de qualquer classificação no que se diz respeito a psique de cada um é muito importante avaliar diversos fatores.
A mágica da Psicologia Infantil está em compreender os dramas de cada criança, encontrar as raízes das perturbações, achar o porquê de um problema. É importante ter um olhar clínico para desbravar a mente humana, um universo próprio de cada ser, constituido de grandes mistérios e questionamentos cuja resolução pouca gente sabe onde encontrar.

Romes Sousa 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Falando de superdotação: Reflexões iniciais

Psicólogos e pedagogos estimam que em uma sala de aproximadamente trinta crianças, quatro sejam superdotadas.
Porém, qual é o sentido plausível para se classificar o superdotado? O que é um superdotado?
Segundo diversos profissionais da área da infância e juventude, superdotado é todo aquele que apresenta habilidades especiais para uma área específica, seja esta qual for.
Claro fica o fato de que, o superdotado, apresentando habilidades extraordinárias para uma área, não é um "gênio", apenas uma criança comum, com necessidades infantis e, como jamais poderia deixar de ser, influenciada por seu ambiente de convívio.
Atualmente, costumo separar dois grupos de superdotação a fim de facilitar o entendimento do fenômeno.
Existe a superdotação artística, no qual o indivíduo manifesta extraordinárias habilidades para a arte e existe também a superdotação intelectual, muito comum atualmente. Nesta, o superdotado tem facilidade em aprender uma área específica do conhecimento, a qual lhe interessa.
O tema superdotação é recoberto por perguntas e questionamentos diversificados, porém, o que existe de concreto é que, até o momento, o superdotado não apresenta características biológicas diferenciadas dos considerados "normais".
O superdotado é um reflexo de uma nova sociedade que se forma, dotado apenas de uma vontade de aprender e capacitado, por instinto de criança, a se apegar ao ambiente artístico ou intelectual que lhe é satisfatório. Este apego gera então, a vontade de se pesquisar e aprender mais sobre o assunto, gerando um superdotado que prefiro denominar "superdotado de formação".
Este grupo de superdotação não é específica, mas sim muito comum e está presente nas mais diversas regiões. É natural e completamente compreensível, visto que, a partir do instante em que a criança passa a se interessar por uma área, tem a sua volta um enorme contingente de oportunidades de pesquisa. Isso, logicamente, aumenta sua habilidade em uma área, tornando-o assim, um superdotado.
O superdotado de formação apresenta, em muitas ocasiões, características psicológicas próprias, como a vontade e instinto a pesquisa.
Em outras postagens, estarei dissertando sobre as superdotações artística e intelectual. Por enquanto, o que deve ser compreendido após a leitura desta postagem é que o superdotado é apenas um ser com capacidades maiores para uma área, porém, não deixa de ser uma criança, ou um jovem, o que deve ser respeitado. Ficou esclarecido o fato de que, pode ser a superdotação, uma propriedade gerada pelo próprio indivíduo. Deixo claro também que pode e é comum que o superdotado tenha facilidades enormes em áreas que lhe são gratas.
O tema é intrigante e vasto. Há muito a ser dito e refletido. Voltaremos a conversar nas próximas postagens.
 
 
Romes Sousa
* Postagem retirada do blog do mesmo autor (http://romesssa.blogspot.com).

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Gênios? Superdotados? Por onde caminha nossas crianças?

Aelita Andre, a mais nova gênia da arte mundial
A imagem estampada na capa deste blog é referente a menina australiana Aelita Andre, a mais nova artista plástica do mundo. A criança, hoje com cinco anos, já fez inúmeras pinturas, todas elas muito elogiadas pelos críticos de arte, o que aparentemente derruba a hipótese de que a garota faria todas essas coisas por mero acaso. A maioria prefere descrevê-la como a mais nova gênia da arte mundial.
Casos como o de Aelita são extremamente raros em nosso mundo, mas parecem, porém, terem ganhado maiores destaques de anos para cá, ou então, devem ter ocorrido com maior frequência do que em outros períodos da história.
Falo, inicialmente da genialidade na infância, um fenômeno extremamente raro, onde se pode contar nos dedos a quantidade de crianças com habilidades tão especiais capazes de desafiar uma compreensão lógica.
Deixo claro que genialidade é diferente de superdotação, porém, os dois possuem real relação. A superdotação é um acontecimento mais comum, caracterizado pela alta habilidade de uma criança para uma determinada área. Se um menino escreve ou desenha bem, é, por assim dizer, superdotado, por fazer coisas que estão a parte de sua idade cronológica.
Já quando se fala em genialidade deve-se entender uma habilidade extremamente apurada para alguma coisa. Diferente dos superdotados, encontramos na história da humanidade alguns poucos gênios que compartilham entre si características comuns como por exemplo, a iniciação na atividade que o torna posteriormente um gênio com tenra idade. Existem preciosos relatos históricos sobre Galileu Galilei, Mozart e Einstein, hoje mundialmente conhecidos, mas com um passado que instiga pesquisadores ao redor do mundo.
Genialidade, superdotação, crianças com altas habilidades. É neste mundo que este novo blog mergulhará de agora para frente. Você é o nosso convidado a participar de debates e discussões.

Bem vindo ao universo dos gênios e superdotados mirins!

Romes Sousa